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É POSSÍVEL TER O CONTROLE SOBRE O PÂNICO?

  • Foto do escritor: Gislaine Soares
    Gislaine Soares
  • 15 de set. de 2017
  • 2 min de leitura


O pânico é um dos transtornos emocionais mais limitantes que alguém pode sentir. O medo profundo, associado a sintomas como tremores, taquicardia, dor no peito, sudorese, náuseas e tontura fazem com que a pessoa realmente acredite que pode morrer a qualquer momento. Isso faz com que ela trave, ou seja, que não consiga sair do estado em que se encontra por alguns minutos.

A sensação é aterrorizante, mesmo quando o paciente tem a clareza de que aquilo é um ataque de ansiedade e de que vai passar sem causar danos físicos ao seu corpo. Isso porque as crises ocorrem de forma totalmente inesperada e imprevisível, fazendo com que o paciente seja surpreendido por uma avalanche de emoções e perca totalmente o controle sobre os seus sentimentos.

Apesar de abalar o estado emocional da pessoa, os sintomas geralmente vêm e vão rapidamente. O pico da crise costuma se dar em dez minutos e se dissipam pouco depois disso. Algumas pessoas conseguem se recuperar sem tratamento, quando continuam a confrontar as situações nas quais os ataques de pânico ocorreram. Outras, porém, passam a conviver com transtorno em um curso crônico e flutuante.

O que precisa ficar claro, porém, é que a Síndrome do Pânico é um transtorno químico que precisa ser tratado com medicamentos e terapia. Ela provoca grande estresse emocional e faz com que a pessoa evite o convívio social, afetando diretamente sua produtividade e qualidade de vida. Além disso, ela aumenta o risco de depressão, abuso de substâncias, morte por suicídio e doença cardiovascular.

Estima-se hoje que a Síndrome do Pânico atinja mais de 9% da população brasileira. No consultório, já ouvi muitos depoimentos de pessoas extremamente aflitas e angustiadas por não conseguirem parar de sentir medo do próprio medo. A possibilidade de viver tudo novamente faz com que elas deixem de frequentar lugares, conhecer pessoas e experimentar momentos que poderiam lhe fazer bem.

Os ataques de pânico podem ocorrer a qualquer momento, mas você pode estar preparado para lidar com eles e controlar os sintomas. Se não conseguir sozinho, procure ajuda. Muitas drogas podem evitar ou reduzir bastante a ansiedade antecipatória, a esquiva fóbica, o número e a intensidade das crises.

Na psicologia, utilizamos a terapia cognitivo-comportamental para ensinar os pacientes a reconhecerem e controlarem seus pensamentos distorcidos, crenças falsas e a modificar seu comportamento, a partir do momento que eles entendem que as suas preocupações são infundadas. Assim, eles passam a não evitar as situações e respondem às crises com técnicas que promovam o relaxamento.

E, caso você veja uma pessoa em estado de pânico, seja paciente e tente tranquiliza-la. Se ela não reconhecer a crise como um ataque de pânico, procure assistência médica, pois muitas vezes os sintomas são parecidos com um ataque cardíaco. Use frases como “está tudo bem, vai passar”, para deixá-la mais segura. E faça com ela exercícios de respiração, para que retome um ritmo mais lento. O alívio virá.

 
 
 

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