Será que usamos apenas 10% do cérebro?
- Gislaine Soares
- 16 de abr. de 2018
- 2 min de leitura
Será que usamos apenas 10% do cérebro? Você, eu e outras tantas pessoas já ouvimos falar que usamos apenas 10% do nosso cérebro. Um dos órgãos mais complexos, fascinantes e desconhecidos do corpo, o cérebro é, sem dúvida, o mais estudado. Assim como existem muitos mistérios que circundam o funcionamento do cérebro, também existem muitos mitos, como esse sobre a nossa capacidade de utilização dessa máquina humana.
Todo mito tem uma explicação e com esse não seria diferente. Algumas pessoas acreditam que foi o psicólogo americano William James que escreveu pela primeira vez sobre uma parte do cérebro que não seria utilizada e que teríamos muito o que explorar dele para conseguir atingir sua “capacidade máxima”. Até Einstein foi citado para explicar esse mito, pois alguns dizem que ele afirmava ser mais brilhante que as demais pessoas por utilizar mais que 10% de seu cérebro. Uma terceira hipótese seria um estudo feito em 1870 por fisiologistas, dizendo que havia uma parte silenciosa no cérebro, que foi indevidamente interpretada como inativa.
Enfim, seja qual for a explicação do fato, existem alguns contrapontos mais fundamentados e que tornam essa evidência um mero dito popular. Segundo Barry Beyerstein, se utilizássemos apenas 10% de nosso cérebro estaríamos livres de qualquer sequela ocasionada por um acidente ou derrame, caso a área afetada fosse uma parte dos 90%. O pesquisador ainda afirma que não gastaríamos 20% da energia total de nosso corpo para um órgão com capacidade tão pequena de funcionamento; mesmo durante o sono não existe uma parte do cérebro que fique completamente desligada; outros exames com imagens mostram que todas as regiões do cérebro ficam ativas até nas tarefas mais corriqueiras, como andar e falar; e, por fim, não existe nenhum estudo que comprove que uma pessoa em condições normais não esteja utilizando toda sua capacidade cerebral.
O que podemos pensar é que existem áreas desconhecidas de nosso cérebro.
O que vale é um olhar mais crítico para as informações que se recebe. Em tempos de acesso exacerbado de informações, ser cauteloso ao absorver e repassar alguma coisa, nunca é demais!

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