Esquizofrenia e o convívio social e com os familiares
- Gislaine Soares
- 17 de nov. de 2017
- 2 min de leitura

Você provavelmente já deve ter ouvido falar, ou até mesmo assistido, o filme “Uma Mente Brilhante”. A história de John Nash comoveu e inspirou muitas pessoas, ganhou o Oscar em diversas categorias e mostrou com clareza o universo de uma pessoa que tem esquizofrenia, uma doença que atinge mais de 2,5 milhões de brasileiros.
Com sua mente sagaz, Nash conseguiu achar um caminho para conviver com seu problema e mostrou que é possível levar uma vida pessoal e profissional, mesmo com limitações. É mais fácil lidar com a esquizofrenia quando se está em tratamento. O que ocorre, porém, é que a pessoa tende a esquecer o tratamento quando alcança um grau de estabilidade.
Mas, o que é a esquizofrenia? É uma doença psíquica que traz pensamentos e experiências que fogem à realidade. Muitas vezes, o paciente apresenta comportamento desorganizado e tem suas atividades cotidianas prejudicadas, além da dificuldade de concentração e da falta de memória.
Para além do debate sobre esse transtorno e seu tratamento, está a questão do convívio do esquizofrênico com familiares. A rotina de remédios e cuidados não é fácil. Sem contar a maleabilidade que se é exigida para lidar com a pessoa doente. Existe uma sobrecarga daqueles que estão mais próximos.
Para os cuidadores, há uma mudança em todas as atividades corriqueiras, no convívio social e no orçamento familiar. Quando falamos de filhos que cuidam dos pais com esquizofrenia, há também uma incerteza em relação ao futuro, uma vez que a doença traz consigo um fator genético. Parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm chance maior de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
Estar no convívio diário com uma pessoa com transtorno mental grave é de grande sobrecarga emocional. Esses cuidadores precisam de apoio social, familiar e profissional. Precisam, também, de momentos livres para alívio de tensões e precisam de acompanhamento psicológico.
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